Dias Inteiros nas Árvores
MARGUERITE DURAS

Direção
Miguel Maia e Filipe Abreu
Tradução
Interpretação
Vieira de Lima
Maria do Céu Guerra
João Cabral
Carla Maciel
Henrique Gomes
O texto de Duras leva-nos ao derradeiro encontro entre mãe e filho. A mãe, que nos surge coberta de pulseiras de ouro, é dona de uma fábrica com «Oitenta operários! Notável!» numa ex-colónia francesa (talvez a Conchichina). Com a desculpa de vir comprar uma cama, vem fazer uma última visita ao filho "mais" predileto, que vive em Paris. Este vive com uma jovem rapariga órfã, Marcelle, e ambos trabalham num cabaret como “profissionais da presença” contratados para tornar o espaço mais apelativo e agradável. Ele vive cada dia como se fosse o último, esbanjando todo o pouco dinheiro que consegue em partidas de bacará. É o seu estilo de vida desde criança, quando, como os pássaros, subia às árvores e encantava a mãe com a sua beleza, a sua capacidade de não medir consequências, de não se esforçar. Dias Inteiros Nas Árvores realça o contraste entre o ócio e o trabalho, entre o prazer e a responsabilidade. Leva-nos a questionar (como Genet) a verdadeira essência da felicidade no dia-a-dia, perante defeitos que desprezamos como sociedade: desonestidade, vilanagem, viver à custa dos outros, maldade ou displicência. Mas... que poderia uma mãe querer mais do que a felicidade do seu próprio filho?
26 mar. 2021 - Centro Cultural Malaposta
27 mar. 2021 - Ler Devagar
28 mar. 2021 - IFICT
Duração
1h30m
Classificação
A classificar pela CCE