Marta Prieto
On Board
O texto retrata uma realidade distópica que denuncia práticas de exploração animal e humana, através de uma linguagem poética, política, alegórica e metateatral. A narrativa divide-se em três atos interligados que revelam, sob diferentes ângulos, o interior de um armazém onde mulheres — tratadas como mercadoria — são mantidas em cativeiro, alimentadas com ração adulterada e preparadas para transporte. As protagonistas, Stella, Ariete e Betty, partilham um espaço sujo, desumano, marcado pela dor física e psicológica. O texto, composto por diálogos curtos, didascálias de ação e alguns solilóquios, revela domínio técnico do texto teatral, propondo uma excêntrica farsa. Aproximando-se por vezes do género literário e cinematográfico do policial, recorre de forma inteligente ao humor e à ironia para retratar uma posição de crítica social e ecológica.
Excerto da declaração do júri sobre as obras finalistas
Biografia
Marta Prieto nasceu a 9 de Fevereiro de 1991. Licenciada em Artes do Espetáculo pela FLUL em 2012. Fez Erasmus em Bologna e estagiou nos Artistas Unidos. Desde 2006 teve formação e trabalhou como actriz, assistente de encenação e assistente de produção. Fez o curso de Formação de Actores de Bruno Schiappa.
Escreveu e levou à cena três peças curtas para teatro: Barbona, A Última Carruagem e Stockholm. Traduziu para português textos em italiano e dois textos do dramaturgo americano Richard France.
@marta.prieto.actriz (Instagram) / @martaprietoproducoes (Facebook)
