top of page

É e Não É: dos bastidores do mito ao palco — uma viagem que começou em Portimão e continua pelo país

  • Foto do escritor: Companhia Cepa Torta
    Companhia Cepa Torta
  • 26 de nov.
  • 2 min de leitura
ree


O É e Não É, ou a verdadeira história dos guardas que prenderam Antígona nasceu em maio de 2025, no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, e desde então tem vindo a conquistar públicos pela sua forma singular de revisitar o mito de Antígona. Mas, ao contrário do que tantas vezes acontece nas interpretações desta tragédia, nesta criação da Companhia Cepa Torta não seguimos a heroína nem o rei.

Aqui, olhamos para aqueles que ficaram sempre na margem da história: os guardas.


São eles que prenderam Antígona, a intrépida filha de Édipo, e que agora se preparam para celebrar o êxito da missão. Mas o que estarão eles, de facto, a celebrar? Poderão ter sentimentos que contradizem aquilo que fizeram? Haverá espaço para a nuance quando o mundo exige escolher entre o lado de Antígona e o de Creonte? E porque razão haveriam estes guardas de se questionar, se isso os obriga a enfrentar os seus próprios medos, culpas e contradições?


É neste terreno instável — entre o dever e a consciência, entre o medo e a coragem — que o espetáculo se constrói. É e Não É abre espaço a uma multiplicidade de camadas: a força das escolhas, a independência de quem decide, o pensar antes de agir, a aceitação de quem somos perante os outros. No fundo, é um mergulho no ponto exacto onde emoção e decisão se cruzam.



Com texto e dramaturgia de Miguel Maia e interpretação de Brandão de Mello, Dai Ida, Mariana Camacho, Pedro Miguel Jorge e Rita Silvestre, o espetáculo ergue-se sobre uma equipa artística e técnica talentosa — Inês Achando, David Leitão, Rui Seabra, Rita Rosa, Mariana Camacho, entre outros — que desenhou um universo visual e sonoro onde a intimidade e o humor convivem com a profundidade das questões levantadas.



Próximas paragens: Faro e Penafiel



Depois de Lisboa, o percurso segue para Faro, onde o É e Não É será apresentado a 28 de novembro, no Teatro das Figuras. O espetáculo regressa assim ao Algarve, reencontrando o público da região onde nasceu.


Em Penafiel, no Ponto C – Cultura e Criatividade, a apresentação decorrerá no dia 12 de dezembro, levando estas perguntas — tão antigas como Antígona e tão atuais como os dilemas de hoje — ao público do norte do país.



E em 2026?



Se há algo que este espetáculo tem revelado é que as perguntas movem mais do que as respostas. Por isso, depois de Portimão, Lisboa, Faro e Penafiel, quem sabe onde o É e Não É chegará em 2026?

Novas cidades, novos teatros, novas conversas — e sempre a mesma vontade de olhar para o que ficou nas margens da história e dar-lhe voz.


Fiquem atentos à agenda no nosso site.

Comentários


Não é mais possível comentar esta publicação. Contate o proprietário do site para mais informações.
bottom of page