7ª edição
2023
galeria imagens
O número 7 é sinal de equilíbrio, perfeição e harmonia. De ideal e de busca pelo conhecimento. É o sinal da sabedoria e da introspeção. E é também o número da temporada do Esta noite grita-se que arranca agora em outubro, em mais uma celebração onde, à semelhança de um banquete, se come, se bebe e se degusta a palavra.
Um festim que busca o conhecimento sim, mas sempre em desequilíbrio, na imperfeição, nos cantos e recantos de extraordinários textos teatrais que, com a ajuda de um grande leque de intérpretes, se apresentam ao público ainda inquietos, com traço largo, em esboço. Prontos para o público os aperfeiçoar com a sua escuta.
Este ano estaremos em diversos espaços de Lisboa e iremos também levar alguns dos textos a Sul, à Biblioteca Municipal de Faro - António Ramos Rosa, numa parceria com o Teatro das Figuras. Em Lisboa, os textos serão apresentados nas Bibliotecas Palácio das Galveias, Orlando Ribeiro e Alcântara, na Fábrica Braço de Prata, no Museu da Marioneta e na Fundação Calouste Gulbenkian.
Esta temporada abrange um ciclo de leituras interpretadas de 5 textos de teatro, para além da 3ª Edição do Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina, a oficina de leitura para jovens e novos lançamentos no Podcast do Esta Noite Grita-se.
Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina
3ª edição
O Esta noite grita-se lançou este ano a 3ª edição do Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina, um concurso que pretende reforçar a voz da dramaturgia escrita no feminino num panorama em que a desigualdade de género na criação teatral ainda impera. Após as duas primeiras edições que, em 2021, premiaram Lara Mesquita e o seu Sempre que Acordo, e em 2022, Maria Giulia Pinheiro, com Isso não é Relevante, tivemos este ano, 130 textos a concurso. O júri, constituído por Graça P. Corrêa, Jorge Louraço Figueira e Zia Soares, selecionou as seguintes três finalistas:
Pedrina Costa Lisbôa, com o texto Nosso Ritual - mentoria por Jorge Louraço Figueira
Sofia Perpétua, com o texto Tanque - mentoria por Graça P. Corrêa
Tábata Makowski, com o texto A Aviadora - mentoria por Zia Soares
Às finalistas foi então dada a oportunidade de trabalhar o texto, através de um processo de mentoria com cada um dos jurados, seguindo-se o processo de decisão final.
A peça eleita pelo júri para o Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina de 2023 foi Tanque, de Sofia Perpétua, pela sua originalidade no tratamento de um tema atual, bem como pela sua manifesta qualidade literária e potencial cénico, que concorrem para a relevância desta obra no contexto da dramaturgia portuguesa contemporânea.
O júri decidiu ainda atribuir menções honrosas às outras duas peças finalistas: à peça A Aviadora de Tábata Makowski, por se tratar de um texto cénico dinâmico e comovente sobre as mulheres, os sonhos, a passagem do tempo, a solidariedade e a camaradagem femininas; e à peça Nosso Ritual de Pedrina Costa Lisbôa, pelos seus diálogos extremamente vibrantes e composição dramatúrgica inovadora.
A vencedora recebeu um prémio pecuniário no valor de 750€ e o seu texto publicado em livro numa edição Cepa Torta em parceria com a editora Douda Correria, cujo lançamento ocorre a 2 de dezembro de 2023, na Fundação Calouste Gulbenkian, juntamente com a sua leitura pública que se repetirá no dia 3 de dezembro, integrada na programação do festim. A leitura será novamente realizada a 14 de dezembro na Biblioteca Municipal de Faro.
Mais sobre o Prémio Nova Dramaturgia Feminina aqui.
Sobre a vencedora
Sofia Perpétua nasceu em Lisboa e é jornalista e escritora. Tem mestrado em Jornalismo com especialização em narrativas audiovisuais pela City University of New York, trabalhou nas redações do The New York Times, NBC e CNN em Nova Iorque, foi correspondente no Brasil e colaborou com BBC, The Washington Post, Ms. Magazine, UNICEF, Greenpeace, Human Rights Watch, entre outros. Produziu o podcast The Thread que foi nomeado para dois Webby, recebeu um Pictures Of the Year International pelo trabalho em reportagem documental. Escreveu o guião Maria não me Mates que foi finalista da primeira parceria MotelX/Guiões.
www.sofiaperpetua.com
©Sónia Godinho
Oficina de Leitura para Jovens
Este momento formativo e lúdico pretende acima de tudo aumentar o interesse dos jovens na leitura de textos e na sua interpretação. Acreditamos que é através da relação que criamos com as histórias de outros que podemos conhecer mundos novos. É ao conhecer novas personagens que nos enriquecemos e nos abrimos a diferentes formas de ver o mundo e de aceitar as diferenças dos outros.
Na atividade os jovens serão desafiados a interpretar uma cena, um conto, ou texto. Com uma série de referenciais básicos e ferramentas dadas pelo formador, serão introduzidos conceitos sobre criação de personagem, relação entre o ator e o público e a contracena entre colegas. Pretende-se que esta seja uma formação eminentemente prática (e divertida) em que o único requisito seja a vontade de descobrir algo que exista detrás do texto.
A oficina destina-se a jovens com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos e decorre entre as 10h00 e as 13h00, sendo dividida em duas partes, que decorrem nos dias 8 e 22 de outubro, na Biblioteca de Alcântara.
Oficina orientada por: Filipe Abreu e Miguel Maia
Inscrições: 5 €, através dos seguintes contactos:
companhia@cepatorta.org | 924 744 056
Bilheteira
Os bilhetes poderão ser adquiridos online, na plataforma BOL, ou localmente no dia de cada leitura.
Preço dos bilhetes: 5€
Para as sessões na Fundação Calouste Gulbenkian, a entrada é livre, mediante lotação da sala.
O levantamento dos bilhetes é realizado no próprio dia, na bilheteira da Fundação Calouste Gulbenkian.
Ficha Técnica
Direção Artística - Filipe Abreu e Miguel Maia
Coordenação de Produção - Inês Achando
Produção Executiva - Beatriz Sousa
Comunicação - Sónia Godinho
Assessoria de Imprensa - Mafalda Simões
Fotografia - Sónia Godinho
Design Gráfico - Edoardo Trave
Vídeo - Mário Jerónimo Negrão
Registo audiovisual - James Newitt
Classificação Etária do Festim M/14
Agradecimentos
Alzira Correia, Andreia Bento, Artistas Unidos, Graça Maia, IFICT - Instituto de Formação e Investigação e Criação Teatral, Sofia Alves